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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Preparar as crianças para o novo ano escolar


Após um longo período de pausa escolar, o início do ano escolar coloca desafios a miúdos e graúdos. Aqui ficam alguns conselhos úteis!

- Organizar o material escolar e o espaço de estudo: uma parte do sucesso escolar está relacionado com a capacidade da criança conseguir organizar o seu ambiente de estudo e o material escolar (livros, cadernos, mochila, …). Nas crianças mais novas é importante que esta tarefa tenha o apoio e/ou supervisão dos pais (ou seu substituto) e que, progressivamente, a criança se sinta autónoma na preparação do quotidiano escolar. É necessário tolerar alguns esquecimentos, errar e perceber o erro também pode ser uma forma de aprendizagem. É sempre preferível que a criança tenha um espaço da casa dedicado ao estudo.
- Rotinas de sono: duas semanas antes do início da escola, é fundamental que a criança retome os horários de dormir e acordar da época escolar. A higiene do sono é muito importante para o sucesso escolar – um aluno que cumpra as horas de sono prevista para a sua faixa etária está mais concentrado e mais tranquilo durante o dia.

- Organizar as rotinas familiares em função do horário escolar: é importante que as rotinas familiares se articulem com as escolares, para que a criança sinta segurança e possa viver com serenidade o seu quotidiano. Por vezes, pode ser útil pedir apoio a familiares disponíveis para supervisionar o período de tempo em que os miúdos estão em casa.
- Conhecer o(a) director(a) de turma: é fundamental estabelecer uma boa relação com a escola (funcionários e professores), nomeadamente, com o director de turma – pode ser importante partilhar as características de personalidade do seu filho, fazer perguntas sobre o regulamento interno da escola e partilhar informações relevantes de saúde que possam necessitar cuidados/atenção dos funcionários/professores. As crianças são muito beneficiadas se a relação entre a família e a escola for harmoniosa e positiva.
- Conhecer o dia-a-dia na escola: é importante criar o hábito de fazer perguntas sobre o que aconteceu na escola. Para além de revelar atenção, curiosidade e interesse, é, também uma maneira indirecta de participar na vida da criança, conhecer melhor o seu filho e poder ajudar o seu filho em situações difíceis.
Algumas situações específicas:
- Primeira vez na escola: antes do dia oficial do início do ano escolar, pondere fazer com o seu filho uma visita guiada à escola e à sala de aula. Esta visita é tão importante para a criança, quanto para si. Deve transmitir que a escola é um local seguro, onde se aprende, brinca e podemos fazer amigos. Deixar o filho na escola nem sempre é fácil para os pais, se a criança sentir esta insegurança, será mais difícil para ela tolerar a separação.
- Mudança de escola: mudar de escola é algo que acontece obrigatoriamente ao longo da vida escolar. As mudanças previsíveis são sempre mais fáceis porque, vulgarmente, a criança acompanha o seu grupo de colegas e amigos. Quando a mudança de escola é solitária e coincide com alterações na vida da criança (por exemplo, mudança de residência), pode ser um momento que gera ansiedade e medo. Nestes períodos a criança necessita do seu apoio e compreensão para as dificuldades que enfrenta.
- Repetir o ano escolar: quando acontece a repetição de um ano escolar, deverá fazer o balanço do ano anterior (aquilo que deve ser alterado e mantido), ajudar a definir as áreas que têm que ser melhoradas (organização do estudo e do calendário escolar, apoiar nas áreas disciplinares em que o seu filho manifesta mais dificuldades, …); poderá ponderar o recurso a um explicador ou sala de estudo (por vezes, quando os pais se envolvem demasiado na vida escolar dos filhos, criam momentos de tensão desnecessários e que poderão atrapalhar o processo de aprendizagem e a relação familiar).
Visite : http://pequenada.com/artigos/como-preparar-criancas-para-regresso-aulas

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Hiperactividade







A hiperactividade parece que entrou em força no vocabulário de pais, mães, professores(as), técnicos de saúde, entre outros! Muitas vezes, parece vulgar o uso e abuso desta palavra para descrever a actividade motora normal e desejável das crianças.

A hiperactividade, enquanto diagnóstico e perturbação do comportamento, tem características específicas e delimitadas. Interfere frequentemente com a dinâmica familiar, relacionamento com as outras crianças e aprendizagem dos conteúdos escolares.

Os pais e mães destas crianças manifestam regularmente sensação de cansaço e esgotamento, práticas educativas que oscilam entre a punição severa e o ‘deixa-andar’, sentimentos de culpa e insatisfação na relação com a criança. Por outro lado, a criança sente, por vezes, dificuldade em construir e manter relações de amizade, baixa auto-estima pela constante comparação com as outras crianças, dificuldades de aprendizagem, memória e concentração, assim como, uma verdadeira incapacidade de controlar o comportamento motor.

Por estas razões é necessário uma avaliação inicial pelo(a) médico(a) de família e posterior encaminhamento para outras especialidades médicas e/ou avaliação psicológica. O acompanhamento da família (pai, mãe e irmãos) também pode ser ponderado.

Quais os sinais de alerta?
DESATENÇÃO:
- dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido (nomeadamente nas actividades escolares e/ou lúdicas);
- dificuldade em manter a atenção em tarefas ou actividades lúdicas;
- parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra;
- não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais;
- dificuldade em organizar tarefas e actividades;
- evitar o envolvimento em tarefas que exijam esforço mental constante;
- perder coisas necessárias para tarefas ou actividades;
- facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e apresentar esquecimentos em actividades diárias.
HIPERACTIVIDADE:
- agitar as mãos ou os pés ou remexer na cadeira;
- abandonar a cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
- correr ou escalar em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado;
- dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em actividades;
- estar frequentemente “a mil” ou muitas vezes agir como se estivesse “a todo o vapor”;
- falar em demasia.
IMPULSIVIDADE:
- respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas;
- dificuldade em esperar pela sua vez;
- interromper com frequência os outros e/ou se meter em assuntos de outros.

ATENÇÃO: Tanto a distracção como a actividade motora deve ser mais frequente e severa do que aquela que tipicamente é observada em crianças/adolescentes da mesma faixa etária. Estes comportamentos devem causar prejuízo e têm que estar presente em pelo menos dois contextos (por ex., em casa e na escola ou ATL).


A hiperactividade pode persistir ao longo da vida, mas a sua expressão varia com a idade. É uma perturbação sub-diagnosticada e pode ser tratada.


Se tem dúvidas, procure o(a) seu(sua) médico(a) de família.

Programar as Férias


Dilemas de férias:

Muitos pais e mães deparam-se, nesta época do ano, com um dilema – como gerir o quotidiano com as crianças e adolescentes desocupados das actividades escolares e os compromissos profissionais dos mais crescidos.

É muito importante que este seja um período para descansar, brincar e fazer o balanço do ano escolar terminado. Contudo, a pausa escolar é, normalmente, maior que o período de férias dos pais e das mães. Por isso mesmo, é importante programar o tempo, para que este seja bem usado e não se perder em planos de última da hora. Assim, e enquanto não chega o momento de reunião com a família nuclear e/ou alargada, onde juntos possam partilhar momentos de satisfação, aqui ficam algumas sugestões:

(1) organize um plano com as crianças/adolescentes – convide-os(as) seus(suas) filhos(as) a construir um plano de ocupação (podendo incluir algumas tarefas domésticas); este plano pode incluir um sistema de pontos em que as crianças podem ganhar algumas recompensas. Os horários podem ser diferentes da rotina do período escolar, afinal é um período de descanso. É aconselhável que o padrão de sono não seja significativamente alterado e que o número de horas de sono não seja reduzido. Evite a sobrecarga de tarefas; o tempo passado no computador, televisão e outros jogos interactivos deve obedecer a regras pré-estabelecidas, nomeadamente, frequência, conteúdo a ser visualizado e duração destas actividades.

(2) inclua um período diário em que possa brincar com a criança/adolescente e conversar sobre o que aconteceu durante o dia. As férias são especiais para as crianças e no imaginário delas é tempo para se divertir, mas também descansar. Dividir e partilhar esse sentimento com os pais faz com que elas se sintam mais próximas deles.

(3) procure, antecipadamente, informações sobre campos de férias que estejam programados na sua área de residência. Os campos de férias possibilitam o contacto com crianças/adolescentes da mesma idade e são promotores de importantes competências pessoais e interpessoais. Para os mais velhos, procure os programas ocupacionais existentes na área de residência, pode ser uma solução bastante interessante para adolescentes... o programa 'voluntariado jovem para as florestas pode ser uma opção' (aceda aqui ao programa). Consulte, ainda, no site da câmara municipal de Vila Nova de Gaia, o portal da juventude de Gaiaaqui.

(4) peça ajuda aos avós ou a familiares disponíveis na supervisão das brincadeiras. Quando a família tem o privilégio de contar com amigos ou familiares, pessoas que já tenham vínculo com a criança, a ausência dos pais e das mães é mais confortável.

(5) para mais informações sobre actividades divertidas e de baixo custo pode ainda consultar esta página.

Boas Férias

(imagem retirada da revista Pais & Filhos)